Sempre tive problemas com dores de cabeça desde criança, ao longo do tempo foi aumentando, ate chegar ao ponto de ficar internada. Mesmo fazendo tratamento com neurologista as crises permaneciam, com o passar dos anos comecei a sentir dores nas pernas, dores no corpo, mas nunca dei atenção, achei que era por causa do trabalho, realizava movimentos repetitivos e ficava de pé o tempo todo.
Mas em 2009 comecei a sentir dores nas pernas insuportáveis, que me incomodavam o tempo todo, nem conseguia dormir, logo passei a sentir dores no quadril e ter dificuldades pra caminhar.
Passei em vários ortopedistas, pediam raio-x e não achavam nada. Comecei a sentir dores nos braços também e ter dificuldades para pegar as coisas, tinha mais dificuldades quando estava com crises de enxaqueca, tinha dificuldades para falar, e algumas confusões mentais, achei que era devido as dores de cabeça, mas comecei a notar que estava tendo dificuldades a todo momento.
Procurei outro medico que pediu uma tomografia da coluna e quadril, onde identificou um mega apofisite transverso à esquerda e três hérnias de disco, fiz eletro neurografia e identificou tendinite e fibromialgia. A partir daí comecei a entender o que eu tinha, pois a dores de cabeça eram acompanhadas de outros sintomas como nervoso, insônia, fadiga etc…
Comecei o tratamento, mas o medico resolveu me encaminhar para um outro neurologista que tive melhoras, mas ainda tinha as crises.
Fiquei fazendo acompanhamento com esse medico, onde tentou me afastar do trabalho e varias vezes e o INSS não aceitou o pedido dizendo ser doença do dia dia.
Fui para outro medico neurologista em 2013 onde me encaminhou para um reumatologista que diagnosticou fibromialgia e espondilite, depois de alguns exames mais detalhados descobriu a artrite reumatoide. Desde então sempre tomando remédio de uso contínuos, sempre vem as crises e fico muito mal, tenho muitas dores e muita dificuldade para trabalhar e executar tarefas do dia a dia.
Na minha ultima crise fiquei de cama quase um mês, fiquei toda travada, não conseguia levantar da cama, fiquei muito inchada e com dores de cabeça horríveis, nessa crise comecei a ter outros sintomas como dores no pescoço, dificuldades pra mexer o pescoço e ficar sentada, tinha tipo torcicolos, queimor e formigamento nas pernas.
Estou fazendo novos exames porque a doença esta progredindo, também já estou com algumas deformidades nos joelhos, um cisto de Baker e deformidades no quadril.
As vezes fico pensando porque temos que passar por tudo isso?
O pior de tudo e conviver com o preconceito e o descaso das pessoas, pois não acreditam nas dores, no que sentimos, muitas vezes não temos apoio nem da família.
O descaso já começa pelos médicos que não acreditam devido a sua idade, sua aparência, varias vezes saí do consultório chorando porque eu explicava meus problemas e o medico dizia:
– Você não acha que é nova demais para ter tantas doenças?
Ate mesmo as pessoas do seu convívio duvidam, acham que é frescura. Só quem passa por essa situação pode entender o que passamos.
Mesmo com todas essas dificuldades eu não desisto, vou conseguir aguentar, vou trabalhar, buscar meus sonhos, desistir jamais.
Me chamo Keyla Balthazar, tenho 34 anos, moro em Três Lagoas – MS, convivo com o diagnostico de artrite reumatoide há 3 anos, atualmente trabalho como sorveteira profissional.
“Dor Compartilhada é Dor Diminuída“, conte a sua história e entenda que ao escrever praticamos uma autoterapia e sua história pode ajudar alguém a viver melhor com a doença!
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