Em 2012 eu estava trabalhando em uma Escola Municipal como Gestora. Comecei a ter muita dores de cabeça, cansaço e dores nas costas. Ia para o trabalho muito cansada, passando mal, havia dias que saia da escola direto para o médico. Recebi o diagnóstico de pressão alta e stress, e procurei um cardiologista. comecei a cuidar da pressão, mas as dores aumentaram para vários pontos do corpo, comecei a não ter gosto pelo trabalho e chorava todos os dias, mas continuei trabalhando, passava mal e ia para o posto de saúde, tomava um medicamento para a pressão e recebia orientação para repouso.
Havia dias que eu pensava que ia morrer, o ano terminou e finalmente entrei em férias. Em fevereiro de 2013, minha mãe pediu para eu consultar com um Geriatra, fiquei duas horas conversando com ele, chorava muito, pois não entendia o que estava acontecendo com o meu corpo. Depois de muita conversa ele me falou que eu estava com Fibromialgia e depressão. Solicitou alguns exames, quando eu os fiz descobri que além da fibromialgia apareceu a artrite reumatoide, entrei com pedido de licença no INSS e me foi negado, mais choro, depressão, volta ao trabalho, passei mal novamente e recebi licença de apenas 2 meses.
Meu organismo começou a somatizar tudo isso e tive um pólipo no útero que provocava muita hemorragia, passei por uma cirurgia e consegui licença até o final do ano. No início de 2014 mais um nódulo, só que agora no seio esquerdo, e mais uma cirurgia. Com isso as dores foram aumentando e comecei a ter muitas dores nas articulações, pés, coluna, ombro e joelhos, fiz exames de sangue, raio-X, ultrassom e tudo ia se esclarecendo e comprovando que algumas partes do meu corpo já estavam com lesões bem graves.
Meu reumatologista receitou inúmeras sessões de fisioterapia, comecei também um tratamento contra a depressão e muitos remédios: corticoides, hidroxicloroquina, sulfato de Glucosamina,mas nenhum remédio para aliviar a dor funcionava. No final do ano meu terapeuta pediu que eu começasse a fazer terapia quinzenalmente, pois eu teria que passar por outra cirurgia de retirada de outro nódulo no seio esquerdo em 2015. Minha situação ficou difícil, não aguentava mais, até os 47 anos esbanjava saúde, adorava o que fazia, passeava com os alunos, fazia trabalhos de arte, os incentivava à ler, me envolvia em projetos ambientais e sociais,mas agora não consigo fazer mais nada.
O pior de tudo era a indiferença e a falta de esclarecimento das pessoas, com seus comentários “nossa você parece que não tem nada, está ótima,quanta frescura, não quer trabalhar, mimada”, isso só ajudou a aumentar a depressão. Mas com o apoio do meus familiares, irmãos cristãos, minha equipe médica e amigos que conheci que sofriam da mesma doença, Deus foi me fortalecendo e abençoando, consegui ser encaminhada para a reabilitação profissional, aprendi a conhecer os meus limites e não cobrar perfeição no que faço.
Para melhorar minha qualidade de vida faço Pilates, mudei minha alimentação, busquei algumas atividades que me dão prazer como a leitura, mexer com flores e plantas. Continuo na luta com os medicamentos, já tomei o Arava, agora estou tomando o Metotrexato, estou tendo vários efeitos colaterais, mas vou passar pelo reumatologista e juntos vamos ver outro medicamento. Por tudo isso que passei e estou passando, quero ser grata a Deus, pois ele me curou da depressão com seu amor infinito, me dando conforto e segurança, sei que ele esta comigo em todos os momentos. Então hoje sou mais que uma VENCEDORA nessa luta contra a artrite reumatoide.
Me chamo Rosa Maria Alves da Silva Santos, tenho 50 anos, convivo com a fibromialgia e artrite reumatoide há 3 anos, mas somente há 1 ano e meio recebi o diagnóstico. Trabalho como professora e moro na cidade de Guaratinguetá – SP.
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