Dê valor as suas receitas médicas antigas. Eles nos ajudam muito.
Quando você me mostra receitas velhas, eu posso identificar quais medicamentos você já usou, se melhorou ou não com eles. Isso me ajuda a compreender melhor o mecanismo de sua dor.
Se a dor melhorou com uso de anti-inflamatórios ou corticoides, como Diclofenaco, ibuprofeno, nimesulida ou prednisona, deflazacorte, irei pensar em patologias de caráter inflamatório.
Dores que melhoram com antidepressivos, Pregabalina, anticonvulsantes, me fazem pensar em tipos específicos de dor.
Quando você me mostra uma receita de 2010 com uma prescrição de metotrexato e hidroxicloroquina, irá me fazer pensar que em algum momento um médico possa ter visto um exame de fator reumatoide ou FAN seu alterado. Acredite! isso direcionará todo o meu questionário sobre seus sintomas.
As receitas de medicamentos de uso contínuo como anti-hipertensivos, anti-diabéticos, antidepressivos etc ajudarão no raciocínio sobre interações medicamentosas ou contraindicações. Ou seja, os remédios que você usa me dizem as comorbidades (outras doenças) que você tem.
Receitas de medicamentos que você já usou e não foram eficazes também me dizem sobre o que não prescrever mais.
Uma lista com os nomes do medicamentos também é satisfatória. Mas procure anotar também as datas em que você as utilizou.
Acontece de a simples troca ou suspensão de um medicamento resolver o problema, como no exemplo de edema (inchaço) de membros inferiores causado por nifedipino.
Então, nas consultas, leve suas receitas velhas.
#REPOST @dr.kennedyamaral